José Fernando de Castro Figueiredo, memórias da varanda.


José Fernando de Castro Figueiredo nasceu em 3 de janeiro de 1949, em Altinópolis, na antiga Vila de Mato Grosso de Batatais.
Filho de José Garcia de Figueiredo Neto e Clarice de Paula Castro, todos naturais de Altinópolis. Era o segundo filho de uma irmandade de quatro. O mais velho, Marco Antônio, José Fernando o segundo, a Maria Helena e a caçula, Maria Lúcia, todos nascidos em intervalos de pouco tempo.
O patriarca José Lourenço de Castro e a esposa Salomé de Paula Castro haviam provado das perdas familiares desde 1940, quando Isabel de Paula Castro, a filha mais velha, ficaria viúva recém casada, com o filho Luiz Carlos de dois meses ao colo. Os então avós Juca e Salomé assumiriam com naturalidade o amparo ao neto.
Doze anos após, em março de 1952, João Doracy de Paula Castro, o terceiro filho do casal Juca e Salomé, também ficaria viúvo com três filhas pequenas a cuidar, As Marias Regina, Lurdinha e Fátima.
Três meses após, em julho de 1952, morreria o médico José de Paula Castro, o segundo filho de Juca e Salomé, aos 36 anos. Maria Salete, única filha, órfã aos 3 meses.
Oito anos mais tarde, em 1960, a quarta filha de Juca e Salomé, Clarice de Paula Castro, a mãe do José Fernando, morre vitimada pela doença de Chagas, subitamente, na quadra dos 39 anos, no tempo em que os velórios eram na sala da casa.
Os enterros cumpriam o ritual católico de rezas longas e da Missa de corpo presente. O féretro, em mãos anônimas, seguia a passos lentos ao som dos dobres do sino da matriz. Flores murchas na poeira da cal do último amém.
As lágrimas marejariam por anos a fio, impondo de chofre aos quatro filhos pequenos o fardo de caminharem vida afora sem um braço. Juca e Salomé agora teriam mais quatro netos órfãos sob amparo e vigília, todos morando no minúsculo povoado. José Fernando de Castro Figueiredo moraria com o avô paterno, José Villela de Figueiredo, por algum tempo, mas sempre perto dos avós maternos Juca e Salomé.


O casarão da família, inaugurado em 1946, um vistoso prédio de esquina com quintal de quadra inteira, seria a referência dos 24 netos que fariam das férias escolares um convívio marcante que perduraria por décadas.
Outro local de convívio em férias memoráveis era na fazenda Bela Vista, no tempo da estrada de terra, do aconchego familiar onde não havia televisão, a peste do desconvívio.
Jogávamos futebol e brincávamos de pique, muitas traquinagens, e o José Fernando era o craque na bola e na escola. Tinha adoração pelo pai, e o pai o adorava. Iam muito pro sítio da família, na Cobiça, onde pescavam e caçavam, aventuras da época. Terminado o ginásio em Altinópolis, faria o colegial em Batatais, viajando de ônibus diariamente com muitos colegas.

Sua entrada na faculdade de medicina da USP de Ribeirão Preto deu-se naturalmente, em 1969, aos dezenove anos de idade.
Em 3 de janeiro de 1974, no dia do aniversário de José Fernando, morreria o patriarca José Lourenço de Castro (1886 - 1974), aos 88 anos.
Na formatura na faculdade de medicina de Ribeirão Preto – USP, ao final de 1974, José Fernando já tinha a Lenita Agnezini Pandini como namorada; no ano seguinte se casariam ainda no período de residência médica. A tese de mestrado do José Fernando seria sobre a doença de Chagas, a causa da morte da sua mãe.
Em 30 de dezembro de 1977, a neta mais velha do Juca e Salomé, Regina Raffaini de Castro, prima irmã de José Fernando, morreria antes de completar 32 anos, grávida do segundo filho.
Em Ribeirão Preto, as duas primeiras filhas do José Fernando e Lenita, as gêmeas Elisa e Thais Pandini de Figueiredo nasceriam numa casinha de quarto e cozinha, na rua Altino Arantes. Posteriormente, uma outra casa na Vila Seixas teria um quarto a mais para as duas crianças, que logo ganhariam mais uma irmã, a caçula Ana, que nasceria em 1979. Ela começaria a andar na nova casa da rua Campos Salles, num sobradão da família do Sr. Joaquim Ferreira que seria a morada da família por sete anos. Foi um tempo em que convivíamos muito devido à proximidade da casa do José Fernando com a dos meus pais. Tempos adoráveis de muitas visitas, prosa, leituras e muita festa.
Em 1986 morreria Manoel de Paula Andrade, o Tio Néia, sobrinho direto de Juca e Salomé e marido da primeira filha do casal, Isabel de Paula Castro.
Por esse tempo, José Fernando e a família iriam para o Jardim Recreio, um residencial defronte a faculdade de medicina. Lá seria o espaço definitivo da família do quase professor titular José Fernando de Castro Figueiredo, um homem guiado pelo esforço, paciência, dedicação e responsabilidade, de abraço fraterno e extremamente educado, discreto, calmo e comedido, que dizia muito falando pouco, caracteres do pai e do avô materno, a quem se assemelhava em muitos gestos.
Em 1991 a matriarca e segunda mãe de todos. a Salomé de Paula Castro morreria aos 94 anos de idade. Quando ela perdeu o seu segundo filho, José de Paula Castro, o médico Tio Quito, ela guardou a placa do seu consultório e uma fotografia que ficavam estampadas em cima de uma cômoda em seu quarto, por toda a sua vida. Quando o neto José Fernando formou-se em medicina, ela colocou a foto de formatura do José Fernando estampada ao lado da foto do filho Quito, talvez para substituir a da sua filha Clarice, mãe do José Fernando, também falecida precocemente.
O êxito na carreira profissional do José Fernando viria naturalmente, uma vez que sempre fora guiado pela vocação e não pela conveniência, diferencial público e notório dos vencedores por si só, sem reclames e sem rodas.
Em 1998, morreria Flávio de Figueiredo Alves, casado com a filha mais nova de Juca e Salomé. O Tio Flávio que o José Fernando tanto gostava, que fora seu paciente até os últimos dias de vida.
Em 2003, morreria a primeira filha do casal Juca e Salomé, Isabel de Paula Castro, a tia Filinha, aos 88 anos de idade.
Em 2004 José Fernando seria avô da netinha Helena, que encantaria ainda mais a sua vida. Em 2005, nos 75 anos da sua tia Cidinha, José Fernando comparece com a família e revê os amigos.
Dois anos após, em 25 de janeiro de 2007, José de Paula Castro Andrade, o Lobão, filho da tia Filhinha e neto do Juca e Salomé, também faleceria precocemente, aos 53 anos, vitimado por um enfarto.
Em 2008, o terceiro filho do casal Juca e Salomé, João Doracy de Paula Castro, morreria aos 90 anos de idade.


Ainda em março de 2009, ao fazer uma visita ao primo Luiz Carlos Castro Palma, no HC de Ribeirão Preto, que sofrera uma parada respiratória após uma cirurgia absolutamente desnecessária, deparei-me com o José Fernando no corredor. Nos abraçamos e conversamos em metáforas por alguns metros, ao que ele disse: ninguém sabe o dia de amanhã. Oito meses depois, aos dois de Dezembro de 2009, José Fernando morreria no mesmo hospital, vitimado por um câncer nunca dantes diagnosticado, um dia após o nascimento do segundo neto, o Francisco.
José Garcia de Figueiredo Neto, pai de José Fernando, o tio José Villela, enterraria o filho querido aos 91 anos de idade, no jazigo da família Villela de Figueiredo, em Altinópolis, vizinho ao da sua primeira mulher Clarice, mãe do José Fernando.
Sob a chuva, o sol e o firmamento, repousam memórias e lembranças de vidas gloriosas.

José Márcio Castro Alves, Dezembro de 2009.



Foi o chumbo contido no vinho que causou a surdez e possivelmente a morte de Beethoven.

Pelo menos foi essa a conclusão que chegaram M. Stevens, T. Ballingham e A. K. Crofts que fizeram uma ampla revisão de estudos sobre as prováveis causas da surdez de Beethoven e apresentaram na 14th British Academic Conference in Otolaryngology, que aconteceu entre 4 e 6 de julho de 2012 em Glasgow, no Reino Unido. Este estudo foi publicado nas revistas médicas Clinical Otolaryngology e Laryngoscope.

A prática de uso de soluções com chumbo para “adoçar” vinhos “azedos” e ajudar na sua preservação foi usada na Europa desde os romanos até meados do século 19. Nessa época os graves problemas para a saúde que poderiam advir da intoxicação pelo chumbo preocupavam bastante. Para ter ideia do tamanho do problema, cientistas fizeram recentemente experimento com uma receita do final do século 17 de uma solução de chumbo utilizada para “adoçar” vinhos. Eles constaram que um litro de vinho poderia conter até 10 ppm de chumbo. É preciso lembrar que o envenenamento por chumbo é cumulativo, isto é, cada dose fica acumulada no organismo. compilado do site (clique aqui) 

Tuas olheiras *Marcilio Dias (1838 - 1865)

Tuas olheiras *Marcilio Dias (1838 - 1865) Tuas olheiras dão-me a idéia de um poente no céu da palidez do inverno do teu rosto, porque nelas eu vejo o estigma, a imagem, a túrbida miragem da histeria revel, do teu amor carnal. Tuas olheiras são aves agoureiras das noites hibernais do mês de agosto, negras freiras, santas confessoras de tua vida tétrica de abrolhos. Cofre sagrado, conchas protetoras das turquesas dos teus olhos. Tuas olheiras imprudentes, comprometedoras, são sinais patentes, provas esmagadoras das noites de volúpias em leitos indolentes, em que andaste a folhear seus beijos quentes em espasmos sensuais de sonhos luxuriosos. Tire, por favor, essas olheiras, não me olhes mais... Quem as têm são as rameiras, mulheres vis das bacanais... Cantáridas ferazes desses desejos com que tu me avassalas quando estou a fitá-las... Tenho ânsia de matá-la em lúbricos arquejos, vontade de apagá-las com a esponja rubra dos meus beijos. Tire, por favor, essas olheiras, não as uses mais. Marcilio Dias (1838 - 1865)

Admiradores e detratores do professor Olavo de Carvalho.

Admiradores do professor Olavo de Carvalho.

Miguel Reale, filósofo brasileiro de renome universal. Ives Gandra da Silva Martins, reconhecido como o maior jurista brasileiro vivo. Antoine Danchin, geneticista, matemático e f’ísico, diretor do Instituto Pasteur em Paris. Roberto de Oliveira Campos, economista e escritor brasileiro, ex-ministro do Planejamento. Da Academia Brasileira de Letras. Paulo Francis, jornalista e escritor brasileiro, um dos fundadores do Pasquim, colunista da Folha, do Globo e do Estadão. Antônio Olinto, romancista brasileiro traduzido em 28 idiomas. Da Academia Brasileira de Letras. Alexandre Costa Leite, filósofo brasileiro (v. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do…) Jorge Amado, romancista brasileiro de renome internacional. Da Academia Brasileira de Letras. Josué Montello, romancista brasileiro, ex-presidente das Academia Brasileira de Letras. Herberto Sales, romancista brasileiro . Da Academia Brasileira de Letras. Carlos Heitor Cony, romancista brasileiro. Da Academia Brasileira de Letras. Nélida Piñon, romancista brasileira, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras João Carlos Martins, pianista e maestro brasileiro de fama mundial Mendo Castro Henriques, filósofo português, professor da Universidade Católica de Lisboa. Maria José de Queiroz, escritora brasileira, lecionou nas universidades de Paris, Lille, Bordeaux, Aix-en-Provence, Bonn, Colônia, Indiana, Harvard e Berkeley.. Fernando Silva Pereira Manso, professor da UFRJ, PhD em Sistemas de Informação pela London School of Economics. Amâncio César Santos Friaça, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Amy Colin, diretora da Maison des Sciences de l’Homme, Unesco, Paris. Jerônimo Moscardo, diplomata brasileiro, ex-ministro da Cultura. Romano Galeffi, filósofo italiano, ex-catedrático de Estética da Universidade Federal da Bahia. Carlos Alberto Montaner, jornalista cubano residente na Espanha, colunista (com seis milhões de leitores) de vários jornais da Europa e dos EUA. Vamireh Chacon, escritor e cientista político brasileiro, professor da Universidade de Brasília. José Carlos de Azevedo, físico brasileiro, ex-reitor da Universidade de Brasília. Andrei Pleshu, filósofo romeno, diretor do New Europe College em Bucareste, ex-ministro das Relações Exteriores da Romênia. Emil Constantinescu, ex-presidente da Romênia. Paulo Mercadante, filósofo, jurista e escritor brasileiro de renome internacional. Gabriel Liiceanu, filósofo romeno, diretor da Editora Humanitas em Bucareste. Vladimir Tismaneanu, cientista político romeno, diretor do Center for the Study of Post-Communist Societies da Universidade de Maryland. Gilberto de Mello Kujawski, filósofo brasileiro, presidente da comissão que premiou o ensaio de O. de C. Sobre Ortega y Gasset em concurso promovido pelo governo espanhol. Monica Grigorescu, escritora romena, ex-embaixadora da Romênia no Brasil. Edson Nery da Fonseca, crítico literário do Diário de Pernambuco. Ângelo Monteiro, poeta e filósofo brasileiro, professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. Nelson Saldanha, diretor do Instituto de Tropicologia da Fundação Joaquim Nabuco, Recife. PE. Luiz Carlos Lisboa, crítico literário do Jornal da Tarde, São Paulo. Jacob Klintowitz, crítico de arte do Jornal da Tarde, São Paulo. Alejandro Chafuen, economista argentino, presidente da Atlas Economic Research Foundation, Alexandria, VA. Renato Guertzenstein, presidente do Clube Israelita Brasileiro, Rio de Janeiro, RJ. Mark Huessy, diretor do Eugen Rosenstock-Huessy Fund, Essex, VT. Richard Shaull, teólogo americano. Valentin Lazea, economista-chefe do Banco Central da Romênia. Augustin Buzura, romancista romeno, presidente da Fundação Cultural Romena, Bucareste. Itamar Franco, ex-presidente do Brasil. Frank F. Souza, diretor do Center for Portuguese Studies and Culture, Universidade de Massachusetts-Dartmouth. Abdullah Saleh Hababi, presidente do Conselho do Centro Islâmico do Brasil, Brasília, DF. Célio Borja, ex-ministro da Justiça. Mauro Salles, escritor e publicitário brasileiro. Antônio Fernando Borges, romancista brasileiro, ganhador do Prêmio Nestlé de Literatura.

DETRATORES: Paulo Ghiraldelli, “filósofo da cidade de São Paulo” e inventor do parto anal. Eli Vieira, doutorando ( com “n”) em genética. Janer Cristaldo, ex-repórter da “Folha”. Paulo Nogueira, jornalista brasileiro, editor do Diário do Cu do Mundo. Breno Altnman, jornalista brasileiro, elo de ligação entre o PT e as Farc. Renato Janine Ribeiro, filósofo brasileiro (v. https://www.google.com/#q=renato+janine+ribeiro+lattes). Segundo o qual é uma crueldade impedir que os cachorros mijem no sofá. Punheteu, poeta brasileiro youtubístico. Antonio Faccioli, mais (des)conhecido sob o pseudôpnimo de Frank Jaava, formado em “Clinical Psychology” pela “University of Brasília” (sic). Bertone Souza, professor de História na Universidade Federal de Tocantins, mais conhecido como Bostone. Anônimo editor da “Página Vermelha”. Fala russo, segundo dizem, com perfeição (v. http://www.youtube.com/watch?v=yQVT6VypUBs&feature=youtu.be, onde aparece vestidinho de soldado soviético. Uma gracinha). Sebastião Nery, jornalista brasileiro, cujo máximo argumento contra mim consistiu em afirmar em 2003 que ensinar filosofia sem diploma de filósofo é delito de falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal). Desde então nada mais disse nem lhe foi perguntado. Maestro Bogs, ou Bagos. Milton Temer, político brasileiro, segundo o qual “do Olavo de Carvalho não se fala”, e que por isso mesmo é o mais silencioso dos meus críticos. Paul Kramer, sacerdote católico entusiasmado com a idéia de que, após uma guerra em que morrerão três quartos da espécie humana, “a Rússia será salva”. Carlos e Jorge Velasco, segundo os quais sou um agente provocador subsidiado por Israel e a Arábia Saudita para “fomentar uma guerra civil no Brasil” (sic). Luís Gonçalves, que incansavelmente denuncia meus crimes e é desmentido pelas próprias testemunhas que cita. Anônimo, segundo o qual sou tão malvado que devo IPTU em Iguape.